Muito bom este artigo: http://imasters.com.br/desenvolvimento/o-fantasma-da-produtividade/
Para quem tem pouco tempo, os pontos chaves que destaco:
Sintomas clássicos da falsa entrega de software:
- Efeito bumerangue – você entrega e ele volta rapidinho;
- Efeito formigueiro – sempre tem que mudar em vários pontos;
- Efeito dinheiro velho – ninguém consegue reutilizar o código;
- Efeito piano – custos altíssimos operação e sustentação;
- Efeito laxante – manutenção complicada, sempre dá merda;
- Efeito pipoca – todos os códigos modificados estouram;
- Efeito navalha – alguém sempre sai cortado;
- Efeito previdência – só segurados conseguem manter o código;
- Efeito sabão – manutenção sempre escorrega no orçamento;
- Efeito furacão – remendar cansa e não segura ninguém;
- Efeito ex-esposa(o) – cliente perde amor pelo projeto.
Todos – sem exceção – pregam ao máximo o excesso de produtividade,
acreditando fielmente que produção de software é fabricação de telas no
processo “1,2,3”… No entanto, esquecem que resultado vem da reutilização
(RiSE – Reuse in Software Engineering), padronização, estabilidade,
integração e, principalmente, sustentabilidade da solução que está sendo
implementada (continuous quality enablement).
É claro que alguém vai gritar que testar é caro. ... um estudo realizado e publicado pelo Instituto Forrester que mostra que
corrigir um defeito custa 30x mais que resolvê-lo na origem.
Na prática, todos sabem o tamanho do prejuízo, porém ninguém quer
encarar o leão de frente, sendo mais prático passar a batata quente para
frente, gerenciar o turnover de pessoas, disponibilizar uma equipe
gigantesca de suporte. Na sequência, os novos clientes acabam tendo fila gigantesca de
implantação e são servidos por um processo lento e caro que aos poucos
mina o crescimento de qualquer negócio.
Nesse momento você fará uma nova pergunta: Prefere colocar o foco no
problema ou na solução? Esse é o momento de dizer sim à mudança e trazer
um novo momento ao negócio, procurando produzir software com estratégia
e não mais fabricar aos modos “go horse”, pois o “débito técnico”
acumulado é igual a cartão de crédito, a conta chega mesmo.
Complemento meu:
Em alguns lugares que passei se tem a filosofia de fila de produção, onde os desenvolvedores tem a preocupação de entregar a tarefa o quanto antes, e não entregá-la bem testada correndo o risco que volte por bugs simples de se identificar com um pouco de teste.
Nunca consegui seguir esta filosofia, voltar a corrigir algo que deveria estar ok no primeiro envio para testes é demorado, pois precisa se lembrar o que se quis fazer em cada código, reproduzir a situação, etc.
Nunca consegui seguir esta filosofia, voltar a corrigir algo que deveria estar ok no primeiro envio para testes é demorado, pois precisa se lembrar o que se quis fazer em cada código, reproduzir a situação, etc.
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